O ser humano ao se mostrar aos outros ele pode TRANSPARECER ser algo que não é, ele pode FINGIR ser algo que gostaria de ser e acima de tudo ele pode SER o que os outros não querem, não aceitam ou não concordam, pela simples inexistência de respeito perante a diversidade. Ser, Transparecer ou Fingir ser, em qual dessas etapas será que esse blog me qualifica?!

domingo, 3 de julho de 2011

Livro da vez

"Sabia que não podia receber ajuda do conselho ou das conversas com elas, pois a ternura e a aflição delas aumentariam a sua própria angustia, enquanto seu autocontrole não receberia encorajamentos nem do exemplo nem dos elogios delas. Ela era mais forte sozinha, e o seu bom senso amparava-a tão bem, a sua firmeza era tão inabalável, a sua aparência alegre tão invariável quanto possível em meio a aflições tão recentes e tão amargas."
(Razão e Sensibilidade - Jane Austen)



Um livro ao qual estou lendo e cada vez mais me encanta(Na verdade, qual o livro que não me encanta?Dificil!) é Razão e Sensibilidade (Sense and Sensibility da inglesa Jane Austen.Conta estória de duas irmãs, Marianne e Elinor Dashwood , que vivem na inglaterra do século XVIII. Logo no início do livro, o pai delas morre, e assim elas ficam com poucos recursos. Naquela época, as filhas não herdavam, só filhos varões. O irmão fica com os bens e elas, junto com a mãe e a irmãzinha caçula, vão morar de favor em um simples chalé no interior. Sobre este fato a autora embasa sua crítica aos costumes da época, focalizando a injustiça que as mulheres sofriam por não terem seus direitos civis assegurados.Marianne é a mais sensível (a sensibilidade do título), Elinor, a mais velha é a mais racional (logo a razão)), já tinha lido Orgulho e Preconceito ao qual também há o filme, muito bom por sinal, ambos. Mas o que disntigue neste outro livro pra mim é Elinor, que passa a ser o equilibrio e a razão da família, passando ate por cima de seu bem estar para poupar sua familia, protegendo os sempre com uma sensibilidade e coerencia unica. Sem contar os outros personagens, muito bem trabalhados pela a autora que consegue descrever as várias facetas do amor real, não aquele fantasiado, que sempre o mocinho acaba com a mocinha, idealizados, ela consegue demonstrar de uma forma muito delicada os altos e baixos de amores que dão certo e dos que não dão certo também, pois querer nem sempre é poder. No livro também podemos contar com uma série de homens cavalheiros, com a linguagem culta da época, na tradição antiga de dotes, honra, cartas(que amo) e famílias ricas e conservadoras, assim como dramas de diferenças socias, ou até mesmo da hipocrisia velada da alta sociedade, de pensar e não falar , de ter que fingir o que não é pra agradar a todos e ser aceito pelos demais, uma época dificil(creio eu) mas com sua beleza particular que me encanta. Indico!



"Mas não havia ai nenhuma desgraça especial, pois isso acontecia com a maioria dos visitantes, quase todos vítimas de um ou de outro destes desfeitos que os impediam de ser agradáveis: falta de sensatez, quer por natureza, quer por educação, falta de elegância, falta de inteligência ou falta de caráter."
(Razão e Sensibilidade - Jane Austen)

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